Quem inventou o amor?

Broken-Heart-Backgrounds-WallpaperQuem inventou o amor? Se perguntou, chegando em casa, e foi correndo para o quarto. Não que tivesse de quem se esconder, há muito não morava com ninguém, a não ser… com ele. Ele, a causa de todos os problemas na vida dela, a causa da sua tristeza, a causa de tudo.

Quem inventou essa DROGA de amor, hein? Ela gritou pra o espelho, e as lágrimas começaram a rolar, e rolar, e rolar… Dessa vez não se permitiu ser forte, superior, não agora. Agora que estava sozinha, podia se descabelar, chorar, gritar, brigar… tudo isso por causa dele, dele e daquela DROGA de amor que sentia.

Quem inventou que amar era bom? E ela sentou no chão, ao lado da cama, ainda chorando, borrando toda a maquiagem que tanto demorara a fazer. Viu a foto dele, ainda na cabeceira, e chorou ainda mais. Pegou a foto, olhou, e olhou demoradamente pra aqueles sorrisos, o dele e o dela. Jogou a foto longe, ela bateu na porta e se espatifou no chão, vidros pra todo lado. Em meio as lágrimas ela riu, como se aquilo fosse um triunfo, iria destruir TUDO, tudo o que ele significava pra ela, já que ela não significava mais nada pra ele, NADA.

Nossa, como dói isso? Pensou ela, chorando de novo. Quem disse que isso era bom, sentir isso não era nada bom, mesmo… Lembrou de tudo, de tudo que passaram juntos, e se perguntou porque, por que ele havia feito isso com ela, afinal, não eram feitos um pro outro? Não, não eram, ele deixou isso bem claro, não era mesmo? E chorou, chorou até não poder mais… Não podia mais amar, não queria mais amar ninguém, doía demais, era sofrido demais. Tudo isso era demais pra ela.

Meu Deus, como amar é ruim? Ela se deitou em sua cama, deixando as lágrimas rolarem pelo travesseiro… E pensou… Pensou em tudo o que tinham vivido e agora não existia mais. Pensou nele, de novo ele, e na frieza em seu olhar. Como dói! Pensou em todas as vezes em que pensou em deixá-lo, e em como nunca conseguia, e agora, o que seria dela? Como dói! Pensou em acabar com aquilo tudo, com aquela vida miserável, a dela. Como dói! Queria acabar com a dor… cadê os remédios daquela viciada da colega de quarto dela? Como dói! Queria esquecer dele, queria esquecer de mim, queria esquecer de tudo… Como dói! Ah, os malditos remédios… Como dói. Como… Como?

Quem inventou o amor?

Acordou, olhou pela janela, viu o sol. O mundo não acabou, afinal. Não naquela noite…”

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